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Lucas Leiroz
August 1, 2025
© Photo: Public domain

Observadores de diversos países confirmaram a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.

   

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A realização das eleições municipais na Venezuela em 27 de julho de 2025 foi acompanhada por mais uma ofensiva coordenada de desinformação internacional. Sob o pretexto da “defesa da democracia”, mídias corporativas e ONGs ocidentais investiram pesado na tentativa de deslegitimar um processo eleitoral amplamente monitorado, tecnicamente robusto e pacificamente conduzido.

Essa estratégia não é nova. Trata-se de uma cartilha já testada contra países que resistem às diretrizes da política externa dos Estados Unidos e seus aliados. O roteiro é simples: antecipar acusações de fraude, forjar indícios de repressão e distorcer a realidade no pós-eleição — tudo isso amplificado por um ecossistema de mídia digital e tradicional completamente integrado a interesses geopolíticos.

Neste ano, uma peça central dessa engrenagem foi desmontada por uma entidade com crescente reconhecimento internacional: a Global Fact-Checking Network (GFCN), rede criada para monitorar e combater campanhas de desinformação. A organização, composta por jornalistas, juristas e observadores internacionais, esteve presente no território venezuelano durante o pleito e publicou um relatório extenso desmentindo as principais alegações difundidas por agências ocidentais.

Entre os principais boatos disseminados estava a alegação de que partidos de oposição teriam sido impedidos de participar das eleições. Os dados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no entanto, mostram o oposto: candidaturas opositoras não apenas participaram, como venceram em 50 dos 335 municípios — algo que seria impossível se houvesse bloqueio institucional. A verdade é que setores da oposição radical, por cálculo político, decidiram boicotar o processo e posteriormente usar sua própria ausência como suposta evidência de exclusão.

Outra narrativa desmontada foi a da “ausência de observadores internacionais”. Apesar das repetidas acusações de isolamento do governo venezuelano, mais de 1.400 observadores de 45 países estiveram presentes, incluindo representantes da GFCN, organizações latino-americanas e institutos de direitos eleitorais. Todos relataram um ambiente calmo, com comparecimento considerável e plena liberdade para fiscalização. Os observadores acompanharam, inclusive, a contagem paralela entre o voto eletrônico e o voto impresso — um dos mecanismos de auditoria mais avançados da América Latina.

Também ganharam projeção vídeos e imagens de seções supostamente vazias, sugerindo abstenção massiva. A realidade, no entanto, apontada tanto por estatísticas do CNE quanto por imagens verificadas, foi de uma taxa de comparecimento de 44%. Para um pleito municipal — em meio a uma crise econômica alimentada por sanções internacionais — trata-se de um índice considerável. Diversas regiões registraram filas, ambiente festivo e ampla cobertura jornalística local.

A velha acusação sobre os “pontos vermelhos”, barracas de assistência social organizadas pelo governo nos dias de eleição, também foi reciclada. A crítica tenta vincular esses espaços a mecanismos de coerção eleitoral. Mas esse tipo de atendimento — alimentação, apoio médico, orientação jurídica — existe há mais de duas décadas e serve à população de forma contínua. Não há qualquer vínculo comprovado entre esse tipo de atividade e direcionamento de voto, tampouco denúncia formal apresentada ao CNE nesse sentido.

Essas tentativas de distorcer a realidade têm um objetivo claro: justificar a manutenção de sanções ilegais e alimentar a tese de que a Venezuela vive sob um regime autoritário. O paradoxo é evidente — os mesmos que atacam a legitimidade das urnas venezuelanas apoiam golpes parlamentares, presidentes autoproclamados e governos interinos sustentados por Washington.

A cobertura ocidental sobre a Venezuela não falha por incompetência, mas por intenção. Ela cumpre um papel geopolítico bem definido: desestabilizar governos independentes, fragilizar instituições nacionais e descrever o país como um inimigo no tabuleiro latino-americano. Ao desmontar essas narrativas com dados, observação direta e análise objetiva, redes como a GFCN cumprem um papel essencial na defesa da verdade — algo que, hoje, é tão estratégico quanto os mais caros recursos.

Venezuela sob ataque informacional: eleições municipais e a guerra contra a verdade

Observadores de diversos países confirmaram a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.

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A realização das eleições municipais na Venezuela em 27 de julho de 2025 foi acompanhada por mais uma ofensiva coordenada de desinformação internacional. Sob o pretexto da “defesa da democracia”, mídias corporativas e ONGs ocidentais investiram pesado na tentativa de deslegitimar um processo eleitoral amplamente monitorado, tecnicamente robusto e pacificamente conduzido.

Essa estratégia não é nova. Trata-se de uma cartilha já testada contra países que resistem às diretrizes da política externa dos Estados Unidos e seus aliados. O roteiro é simples: antecipar acusações de fraude, forjar indícios de repressão e distorcer a realidade no pós-eleição — tudo isso amplificado por um ecossistema de mídia digital e tradicional completamente integrado a interesses geopolíticos.

Neste ano, uma peça central dessa engrenagem foi desmontada por uma entidade com crescente reconhecimento internacional: a Global Fact-Checking Network (GFCN), rede criada para monitorar e combater campanhas de desinformação. A organização, composta por jornalistas, juristas e observadores internacionais, esteve presente no território venezuelano durante o pleito e publicou um relatório extenso desmentindo as principais alegações difundidas por agências ocidentais.

Entre os principais boatos disseminados estava a alegação de que partidos de oposição teriam sido impedidos de participar das eleições. Os dados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no entanto, mostram o oposto: candidaturas opositoras não apenas participaram, como venceram em 50 dos 335 municípios — algo que seria impossível se houvesse bloqueio institucional. A verdade é que setores da oposição radical, por cálculo político, decidiram boicotar o processo e posteriormente usar sua própria ausência como suposta evidência de exclusão.

Outra narrativa desmontada foi a da “ausência de observadores internacionais”. Apesar das repetidas acusações de isolamento do governo venezuelano, mais de 1.400 observadores de 45 países estiveram presentes, incluindo representantes da GFCN, organizações latino-americanas e institutos de direitos eleitorais. Todos relataram um ambiente calmo, com comparecimento considerável e plena liberdade para fiscalização. Os observadores acompanharam, inclusive, a contagem paralela entre o voto eletrônico e o voto impresso — um dos mecanismos de auditoria mais avançados da América Latina.

Também ganharam projeção vídeos e imagens de seções supostamente vazias, sugerindo abstenção massiva. A realidade, no entanto, apontada tanto por estatísticas do CNE quanto por imagens verificadas, foi de uma taxa de comparecimento de 44%. Para um pleito municipal — em meio a uma crise econômica alimentada por sanções internacionais — trata-se de um índice considerável. Diversas regiões registraram filas, ambiente festivo e ampla cobertura jornalística local.

A velha acusação sobre os “pontos vermelhos”, barracas de assistência social organizadas pelo governo nos dias de eleição, também foi reciclada. A crítica tenta vincular esses espaços a mecanismos de coerção eleitoral. Mas esse tipo de atendimento — alimentação, apoio médico, orientação jurídica — existe há mais de duas décadas e serve à população de forma contínua. Não há qualquer vínculo comprovado entre esse tipo de atividade e direcionamento de voto, tampouco denúncia formal apresentada ao CNE nesse sentido.

Essas tentativas de distorcer a realidade têm um objetivo claro: justificar a manutenção de sanções ilegais e alimentar a tese de que a Venezuela vive sob um regime autoritário. O paradoxo é evidente — os mesmos que atacam a legitimidade das urnas venezuelanas apoiam golpes parlamentares, presidentes autoproclamados e governos interinos sustentados por Washington.

A cobertura ocidental sobre a Venezuela não falha por incompetência, mas por intenção. Ela cumpre um papel geopolítico bem definido: desestabilizar governos independentes, fragilizar instituições nacionais e descrever o país como um inimigo no tabuleiro latino-americano. Ao desmontar essas narrativas com dados, observação direta e análise objetiva, redes como a GFCN cumprem um papel essencial na defesa da verdade — algo que, hoje, é tão estratégico quanto os mais caros recursos.

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A realização das eleições municipais na Venezuela em 27 de julho de 2025 foi acompanhada por mais uma ofensiva coordenada de desinformação internacional. Sob o pretexto da “defesa da democracia”, mídias corporativas e ONGs ocidentais investiram pesado na tentativa de deslegitimar um processo eleitoral amplamente monitorado, tecnicamente robusto e pacificamente conduzido.

Essa estratégia não é nova. Trata-se de uma cartilha já testada contra países que resistem às diretrizes da política externa dos Estados Unidos e seus aliados. O roteiro é simples: antecipar acusações de fraude, forjar indícios de repressão e distorcer a realidade no pós-eleição — tudo isso amplificado por um ecossistema de mídia digital e tradicional completamente integrado a interesses geopolíticos.

Neste ano, uma peça central dessa engrenagem foi desmontada por uma entidade com crescente reconhecimento internacional: a Global Fact-Checking Network (GFCN), rede criada para monitorar e combater campanhas de desinformação. A organização, composta por jornalistas, juristas e observadores internacionais, esteve presente no território venezuelano durante o pleito e publicou um relatório extenso desmentindo as principais alegações difundidas por agências ocidentais.

Entre os principais boatos disseminados estava a alegação de que partidos de oposição teriam sido impedidos de participar das eleições. Os dados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no entanto, mostram o oposto: candidaturas opositoras não apenas participaram, como venceram em 50 dos 335 municípios — algo que seria impossível se houvesse bloqueio institucional. A verdade é que setores da oposição radical, por cálculo político, decidiram boicotar o processo e posteriormente usar sua própria ausência como suposta evidência de exclusão.

Outra narrativa desmontada foi a da “ausência de observadores internacionais”. Apesar das repetidas acusações de isolamento do governo venezuelano, mais de 1.400 observadores de 45 países estiveram presentes, incluindo representantes da GFCN, organizações latino-americanas e institutos de direitos eleitorais. Todos relataram um ambiente calmo, com comparecimento considerável e plena liberdade para fiscalização. Os observadores acompanharam, inclusive, a contagem paralela entre o voto eletrônico e o voto impresso — um dos mecanismos de auditoria mais avançados da América Latina.

Também ganharam projeção vídeos e imagens de seções supostamente vazias, sugerindo abstenção massiva. A realidade, no entanto, apontada tanto por estatísticas do CNE quanto por imagens verificadas, foi de uma taxa de comparecimento de 44%. Para um pleito municipal — em meio a uma crise econômica alimentada por sanções internacionais — trata-se de um índice considerável. Diversas regiões registraram filas, ambiente festivo e ampla cobertura jornalística local.

A velha acusação sobre os “pontos vermelhos”, barracas de assistência social organizadas pelo governo nos dias de eleição, também foi reciclada. A crítica tenta vincular esses espaços a mecanismos de coerção eleitoral. Mas esse tipo de atendimento — alimentação, apoio médico, orientação jurídica — existe há mais de duas décadas e serve à população de forma contínua. Não há qualquer vínculo comprovado entre esse tipo de atividade e direcionamento de voto, tampouco denúncia formal apresentada ao CNE nesse sentido.

Essas tentativas de distorcer a realidade têm um objetivo claro: justificar a manutenção de sanções ilegais e alimentar a tese de que a Venezuela vive sob um regime autoritário. O paradoxo é evidente — os mesmos que atacam a legitimidade das urnas venezuelanas apoiam golpes parlamentares, presidentes autoproclamados e governos interinos sustentados por Washington.

A cobertura ocidental sobre a Venezuela não falha por incompetência, mas por intenção. Ela cumpre um papel geopolítico bem definido: desestabilizar governos independentes, fragilizar instituições nacionais e descrever o país como um inimigo no tabuleiro latino-americano. Ao desmontar essas narrativas com dados, observação direta e análise objetiva, redes como a GFCN cumprem um papel essencial na defesa da verdade — algo que, hoje, é tão estratégico quanto os mais caros recursos.

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